JUCEJE GESTÃO EMPRESARIAL

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Consultoria na área Administrativa, Financeira, Gestão de Pessoas e Coaching

domingo, 22 de maio de 2011

Vaidade





- Por que precisamos cada vez mais da aprovação e reconhecimento dos outros?
A necessidade de ter aprovação e de ser reconhecido é uma questão que diz respeito a todo mundo. O trabalho não é o importante, mas sim o reconhecimento. E isso coloca as coisas de cabeça para baixo. O trabalho deveria ser o importante – uma alegria em si mesmo. Você deveria trabalhar, não para ser reconhecido, mas porque você curte ser criativo, você ama o trabalho em si mesmo. Deve-se pensar e lembrar que vivemos grande parte da nossa vida no trabalho, na profissão que escolhemos.
Muitas pessoas fazem escolhas em cima da aprovação por causa da admiração que vai obter do outro, deixam de fazer opções e escolhas de acordo com o gosto e sonho, só para ter reconhecimento, algo que nem sabe se realmente vai ter.

- É possível vencer a insegurança e aceitar-se, independente da opinião dos outros?
Sim é possível. Necessário que a pessoa aprenda a se conhecer e a se aceitar como é. Seja você mesmo, descubra o que tem de bom e valorize-se. Não tenha a necessidade de valorizar todas as pessoas, pois vai ser impossível agradar todo mundo, e lembre-se em agradar primeiramente você para depois agradar alguém.
A psicoterapia ajuda a pessoa a vencer a suas inseguranças, a baixa estima, os medos e trabalha no processo de autoconhecimento.


- Temos uma idéia, muitas vezes, negativa da vaidade. Ela é importante em que medida?
A vaidade como tudo tem medida certa e é necessário. Um pouco de vaidade cai bem pra todo mundo, pois é o desejo de ser aceito e amado, e com isso, a pessoa cria uma construção de uma figura agradável pra todos que a rodeia, essa vaidade todo mundo tem e se torna saudável nessa medida, pois se torna um cuidar de si também. Mas quando a pessoa já faz a construção de uma pessoa que não é, tudo dele é melhor (roupa, bens, serviço e etc.), precisa ser o centro das atenções, não gosta da simplicidade, não consegue ficar em segundo plano, necessário rever a vaidade, pois a medida esta alem do que a pessoa pode agüentar e o caminho é a solidão, depressão.


- A psicóloga Jean Twenge afirma que a geração que nasceu ou cresceu na década de 80 é muito mais narcisista que as outras. Você concorda? Por quê?

Não concordo, pois isso depende de cada pessoa, do processo de autoconhecimento, valorização e auto estima.
Os adolescentes de hoje, década de 90, estão preocupados com a vaidade, com processos cirúrgicos e valorização da imagem, tanto quanto os da década de 80.


- O que faz das pessoas de hoje, com acesso à informação praticamente em tempo real, com intrincadas redes sociais, seres solitários?
A solidão é necessária para as pessoas se encontrarem, isso é, olharem para si, perceberem e entenderem o que gosta e o que não gosta, passarem por um momento de estruturação, mesmo que as vezes seja dolorido. Mas esse momento de solidão não é o de não se relacionarem com o mundo, com as pessoas, que é o que mais esta acontecendo hoje.
As pessoas não estão tendo confiança e nem compreensão nas pessoas, e com isso acabam se isolando cada vez mais. E devido alguns acontecimentos do passado, experiências frustradas, se fecham ainda mais, podem sair do seu casulo, mas não 100%.
As redes sociais: MSN, Orkut, emails, fazem com que as pessoas se sintam menos solitárias, mas na verdade é só uma aparência, pois o contato que tem com o outro é totalmente a distancia, e tem também os mesmos sentimentos de insegurança, receios e medos.


- É possível conciliar aceitação social com realização pessoal?

Sim é possível, mas requer trabalho, esforço e autoconhecimento. Isso é, necessário saber que nem sempre vai obter a satisfação social, mas que a realização pessoal depende exclusivamente de você, em buscar seus sonhos e desejos através do seu esforço.


- Quando a vaidade pode ser considerada uma patologia?

Quando ela fica exagerada, isso é: quando ela passa para o egocentrismo e o narcisismo, busca incessantemente a aprovação do outro, de que ele / ela é melhor do que qualquer outra pessoa, e essa pessoa acaba indo para um buraco sem fim. E esse excesso pode se tornar uma doença ficando com uma fixação pelo ideal, pelo reconhecimento, pela recompensa.


- E, em um sentido inverso, de que forma a falta dela caracteriza a necessidade de cuidados especiais?
Devido a sua auto estima, cuidar da vaidade moderadamente é estar cuidando de si mesmo, da sua auto estima. O cuidado com a saúde, com a qualidade de vida é necessário e importante pra todo mundo e independente da idade.

- Doenças como os transtornos alimentares podem ser decorrência dessa cobrança social por aceitação e reconhecimento?
Sim com certeza. A aceitação e o reconhecimento da imagem corporal esta cada vez maior, no qual não atinge apenas as mulheres. As pessoas buscam o padrão da beleza, e com isso buscam um luta constante com sua imagem e o corpo, recorrem a dietas pesadas, malhação exagerada, uso de remédios. Como a anorexia e a bulimia os sintomas são diferentes, mas ambas causadas por vários fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais e podendo ter o mesmo final: a morte.
Esta muito “na moda” a vigorexia, que é caracterizado pelo excesso de preocupação em ter um corpo forte, musculoso, devido à vaidade as pessoas passam horas malhando, exercitando e passam ate tomar esteróides anabolizantes, esse transtorno não acontece apenas em homens.

- Dê dicas de como as pessoas podem melhorar a autoestima e importar-se um pouco menos com a opinião alheia sobre si.
Existem inúmeras dicas, mas importante sempre lembrar que: você vale pelo que é, e não pelo que tem ou aparenta ser. O importante é você gostar de si mesmo, que se respeite, que se cuide e se sinta bem consigo mesmo e disposto para a vida.
Segue outras dicas:
1 – Faça o que gosta
2 – Conheça os seus pontos fortes
3 – Não se incomode com bobagens
4 – Descarte amizades negativas
5 – Busque a autoconfiança
6 – Aprenda mais sobre você mesmo
7 – Aprenda a receber elogios
8 – Seja positivo
9 – Compare você somente com você mesmo


* Essas perguntas foram respondidas para uma matéria para o jornal da cidade.

Silvana Parreira de Jesus
Psicóloga, Psicopedagoga e Consultora RH

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