O poder dos introvertidos
A escritora Susan Cain, autora de O Poder dos
Quietos (Ed. Agir, 352 páginas, 22,90 reais), que chega este ano ao Brasil,
explica como a introspecção pode melhorar a nossa produtividade
Por que acredita que o silêncio se tornou tão raro nos dias de hoje?
Estamos vivendo em um mundo que é tão expansivo, extrovertido, tão desprovido de tempo de inatividade, tão focado no estar sempre “ligado”, que perdemos de vista o nosso lado introvertido. A tendência das mensagens SMS e das mensagens instantâneas, que são uma maneira de se conectar, mas ao mesmo tempo manter nossa voz e rosto em silêncio, mostra que isso é algo que as pessoas estão buscando cada vez mais. Apenas os nossos dedos têm o trabalho de falar, mas em silêncio.
Você tem pesquisado o comportamento dos introvertidos. Como eles podem nos ensinar a viver melhor neste mundo barulhento?
Eles têm características que estão sendo cada vez mais apreciadas. Muitas das pessoas mais criativas da história eram introvertidas. O silêncio é um ingrediente crucial da criatividade. A persistência também exige reflexão e calma. Introvertidos não desistem facilmente. Albert Einstein, um introvertido notório, disse “não é que eu seja muito inteligente; é que eu fico nos problemas por muito tempo”. Pessoas com esse perfil tendem a agir de forma tranquila, avaliando as circunstâncias e pesando os riscos.
Estamos vivendo em um mundo que é tão expansivo, extrovertido, tão desprovido de tempo de inatividade, tão focado no estar sempre “ligado”, que perdemos de vista o nosso lado introvertido. A tendência das mensagens SMS e das mensagens instantâneas, que são uma maneira de se conectar, mas ao mesmo tempo manter nossa voz e rosto em silêncio, mostra que isso é algo que as pessoas estão buscando cada vez mais. Apenas os nossos dedos têm o trabalho de falar, mas em silêncio.
Você tem pesquisado o comportamento dos introvertidos. Como eles podem nos ensinar a viver melhor neste mundo barulhento?
Eles têm características que estão sendo cada vez mais apreciadas. Muitas das pessoas mais criativas da história eram introvertidas. O silêncio é um ingrediente crucial da criatividade. A persistência também exige reflexão e calma. Introvertidos não desistem facilmente. Albert Einstein, um introvertido notório, disse “não é que eu seja muito inteligente; é que eu fico nos problemas por muito tempo”. Pessoas com esse perfil tendem a agir de forma tranquila, avaliando as circunstâncias e pesando os riscos.
Diferentes
perfis profissionais
Outro ponto que Susan levanta em seu livro é que o ambiente corporativo favorece pessoas extrovertidas e, naturalmente, complica a vida dos introvertidos. Para ela, estamos vivendo em um mundo que é tão expansivo, extrovertido e conectado que perdemos de vista o nosso lado introvertido, silencioso. “Corremos de reuniões a reuniões, prazos a prazos, sem momentos para refletir ou ficar sozinhos, em silêncio”, diz Susan. A crescente busca de ioga, meditação e terapias alternativas, segundo ela, é uma prova de como esse barulho todo tem afetado a vida das pessoas.
A questão, aponta Susan, que passou seis anos fazendo pesquisa para escrever o livro, é que o silêncio e a introspecção são ingredientes fundamentais para que um profissional use a criatividade, a persistência e a moderação para assumir riscos. Sem esses elementos, os resultados pessoal e corporativo ficarão prejudicados. “A criatividade depende da reflexão e da quietude para se desenvolver. Da mesma forma, o barulho dissipa a persistência, o que faz as pessoas desistirem mais facilmente de pensar em soluções melhores para resolver algumas questões de forma mais inusitada e, acima de tudo, assertiva”, escreve.
Se vivemos num mundo que potencializa a extroversão, é preciso mudar o jeito de lidar com os introvertidos. Numa reunião, por exemplo, profissionais mais recatados podem não se sentir à vontade para dar opiniões na hora, algo que é esperado mais ou menos de todo mundo. “Talvez seja melhor dar um tempo após a reunião para que os participantes mais introspectivos se manifestem”, diz Susan. “Assim, boas ideias seriam mais bem aproveitadas.”
Outro ponto que Susan levanta em seu livro é que o ambiente corporativo favorece pessoas extrovertidas e, naturalmente, complica a vida dos introvertidos. Para ela, estamos vivendo em um mundo que é tão expansivo, extrovertido e conectado que perdemos de vista o nosso lado introvertido, silencioso. “Corremos de reuniões a reuniões, prazos a prazos, sem momentos para refletir ou ficar sozinhos, em silêncio”, diz Susan. A crescente busca de ioga, meditação e terapias alternativas, segundo ela, é uma prova de como esse barulho todo tem afetado a vida das pessoas.
A questão, aponta Susan, que passou seis anos fazendo pesquisa para escrever o livro, é que o silêncio e a introspecção são ingredientes fundamentais para que um profissional use a criatividade, a persistência e a moderação para assumir riscos. Sem esses elementos, os resultados pessoal e corporativo ficarão prejudicados. “A criatividade depende da reflexão e da quietude para se desenvolver. Da mesma forma, o barulho dissipa a persistência, o que faz as pessoas desistirem mais facilmente de pensar em soluções melhores para resolver algumas questões de forma mais inusitada e, acima de tudo, assertiva”, escreve.
Se vivemos num mundo que potencializa a extroversão, é preciso mudar o jeito de lidar com os introvertidos. Numa reunião, por exemplo, profissionais mais recatados podem não se sentir à vontade para dar opiniões na hora, algo que é esperado mais ou menos de todo mundo. “Talvez seja melhor dar um tempo após a reunião para que os participantes mais introspectivos se manifestem”, diz Susan. “Assim, boas ideias seriam mais bem aproveitadas.”
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