Compulsão por compras
Oniomania. A palavra estranha denomina a compulsão por comprar. Pouco
conhecido, estima-se que este transtorno acometa de 2 a 8% da população
mundial. Entenda o que é, como identificar e como tratar a oniomania
Em
entrevista à VOCÊ S/A, Marcelo Campos Castro Nogueira, psiquiatra do Programa
Ambulatorial Integrado de Transtornos do Controle dos Impulsos (PRO-AMITI) e do
Programa Ambulatorial de Jogo Patológico (PRO-AMJO) do Instituto de Psiquiatria
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(IPq HCFMUSP), explica o que é e como lidar com a oniomania.
O que é oniomania?
Mais conhecida como compras compulsivas, o termo oniomania tem origem grega e significa "loucura de comprar". Embora seja um problema antigo, se expressa agora com maior evidência por conta de nossa exposição às recentes transformações socioeconômicas que multiplicaram as ofertas de produtos e serviços e aumentaram o acesso ao crédito.
Como se caracteriza uma pessoa compulsiva por compras?
A característica fundamental é a incapacidade de controlar compras e gastos financeiros. A pessoa apresenta um excesso de preocupações e desejos relacionados à aquisição de objetos, acaba perdendo o controle e comprando mais do que deveria ou poderia além de itens desnecessários. Ou seja, mesmo já possuindo objetos com a mesma utilidade, compra novos que muitas vezes não usa ou nem tira da embalagem. É alguém que já tentou, por inúmeras vezes e sem sucesso, diminuir ou controlar as compras e pode comprar como forma de aliviar emoções negativas como angústia ou tristeza.
O que leva a pessoa a se tornar oniomaníaca?
As causas são desconhecidas, embora se saiba que existem diversos fatores biológicos, psicológicos e socioculturais envolvidos que, em conjunto, podem desenvolver o transtorno. Estima-se que as compras compulsivas acometam entre 2 a 8% da população geral.
Qual a sensação que a pessoa tem com as compras?
O ato de comprar é vivido pelos pacientes como alívio para suas emoções negativas. Ele sente um desejo irresistível de comprar e permanece com a idéia em sua mente até a realização do ato. Após a compra, que tinha como função a busca do prazer e do alívio, se sente culpado por não ter conseguido manter o controle. A aquisição de bens representa um conforto efêmero e não resolve as angústias, as frustrações e nem a baixa auto-estima.
O que é oniomania?
Mais conhecida como compras compulsivas, o termo oniomania tem origem grega e significa "loucura de comprar". Embora seja um problema antigo, se expressa agora com maior evidência por conta de nossa exposição às recentes transformações socioeconômicas que multiplicaram as ofertas de produtos e serviços e aumentaram o acesso ao crédito.
Como se caracteriza uma pessoa compulsiva por compras?
A característica fundamental é a incapacidade de controlar compras e gastos financeiros. A pessoa apresenta um excesso de preocupações e desejos relacionados à aquisição de objetos, acaba perdendo o controle e comprando mais do que deveria ou poderia além de itens desnecessários. Ou seja, mesmo já possuindo objetos com a mesma utilidade, compra novos que muitas vezes não usa ou nem tira da embalagem. É alguém que já tentou, por inúmeras vezes e sem sucesso, diminuir ou controlar as compras e pode comprar como forma de aliviar emoções negativas como angústia ou tristeza.
O que leva a pessoa a se tornar oniomaníaca?
As causas são desconhecidas, embora se saiba que existem diversos fatores biológicos, psicológicos e socioculturais envolvidos que, em conjunto, podem desenvolver o transtorno. Estima-se que as compras compulsivas acometam entre 2 a 8% da população geral.
Qual a sensação que a pessoa tem com as compras?
O ato de comprar é vivido pelos pacientes como alívio para suas emoções negativas. Ele sente um desejo irresistível de comprar e permanece com a idéia em sua mente até a realização do ato. Após a compra, que tinha como função a busca do prazer e do alívio, se sente culpado por não ter conseguido manter o controle. A aquisição de bens representa um conforto efêmero e não resolve as angústias, as frustrações e nem a baixa auto-estima.
Quais as
conseqüências da doença?
Como o transtorno é crônico e repetitivo, quem sofre de oniomania tem dificuldade em interromper o comportamento e acaba criando grandes dívidas. As dívidas no cartão de crédito por conta do parcelamento das compras fazem com que o comprador inicialmente perca a dimensão sobre seus gastos. Há ainda dívidas de empréstimos no banco, com familiares e amigos. Dessa forma, a reputação da pessoa é exposta, e ela se vê obrigada a mentir para encobrir o descontrole e as quantias que gastou com compras. Isso resulta em graves prejuízos pessoais, financeiros e familiares.
Qual o tratamento?
O tratamento é feito com o uso de técnicas psicossociais e tratamento farmacológico (uso de medicamentos). O tratamento parece ser capaz de mudar a evolução natural do transtorno, com resultados bastante favoráveis, e precisa ser orientado e acompanhado por um profissional.
Que alerta você deixa para os leitores em relação ao assunto?
Como é uma forma de se relacionar em nossa sociedade, as compras são um comportamento que não se pode evitar. No nosso contexto cultural, o consumo acaba sendo estimulado, valorizado e justificado. Por isso, o autocontrole é fundamental. A impulsividade, representada pelo descontrole com as compras, é um sofrimento pouco compreendido. Quem é compulsivo por compras tem dificuldade em identificar isto como um problema de saúde e de buscar ajuda, principalmente pela culpa que sente por não conseguir controlar o impulso de comprar. Assim, fica o alerta a quem sofre desse mal para identificar o problema, saber que existem muitas outras pessoas na mesma situação e um tratamento adequado que deve ser buscado.
Como o transtorno é crônico e repetitivo, quem sofre de oniomania tem dificuldade em interromper o comportamento e acaba criando grandes dívidas. As dívidas no cartão de crédito por conta do parcelamento das compras fazem com que o comprador inicialmente perca a dimensão sobre seus gastos. Há ainda dívidas de empréstimos no banco, com familiares e amigos. Dessa forma, a reputação da pessoa é exposta, e ela se vê obrigada a mentir para encobrir o descontrole e as quantias que gastou com compras. Isso resulta em graves prejuízos pessoais, financeiros e familiares.
Qual o tratamento?
O tratamento é feito com o uso de técnicas psicossociais e tratamento farmacológico (uso de medicamentos). O tratamento parece ser capaz de mudar a evolução natural do transtorno, com resultados bastante favoráveis, e precisa ser orientado e acompanhado por um profissional.
Que alerta você deixa para os leitores em relação ao assunto?
Como é uma forma de se relacionar em nossa sociedade, as compras são um comportamento que não se pode evitar. No nosso contexto cultural, o consumo acaba sendo estimulado, valorizado e justificado. Por isso, o autocontrole é fundamental. A impulsividade, representada pelo descontrole com as compras, é um sofrimento pouco compreendido. Quem é compulsivo por compras tem dificuldade em identificar isto como um problema de saúde e de buscar ajuda, principalmente pela culpa que sente por não conseguir controlar o impulso de comprar. Assim, fica o alerta a quem sofre desse mal para identificar o problema, saber que existem muitas outras pessoas na mesma situação e um tratamento adequado que deve ser buscado.
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