JUCEJE GESTÃO EMPRESARIAL

JUCEJE GESTÃO EMPRESARIAL
Consultoria na área Administrativa, Financeira, Gestão de Pessoas e Coaching

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Não basta ser líder: Tem que ser coach! (por Tadeu Alvarenga)

Hoje, qualquer um que visite uma livraria ficará facilmente surpreendido com a grande quantidade de livros que se propõem a desenvolver ou aperfeiçoar a capacidade de liderança. Tem-se, por vezes, a impressão de se estar em um verdadeiro buffet com as mais diversas iguarias à nossa disposição. Nós temos de tudo: liderança transformadora, liderança servidora, liderança baseada em princípios, a liderança isso, a liderança aquilo, e por assim vai. Se nós desconsiderarmos aqueles autores que meramente colocam um adjetivo ao lado da palavra "Liderança" e simplesmente repetem os mesmos velhos conceitos como se fosse alguma coisa nova "saída do forno" - autores esses que não nos ocuparemos aqui neste artigo, o número de modelos e estilos de liderança à nossa disposição ainda é extremamente grande.

Existe uma razão muito simples para esta nossa relativa abundância de livros sobre este assunto e a razão é esta: cada vez mais as pessoas e organizações estão percebendo que os antigos modelos de liderança e gestão não estão atendendo mais às suas necessidades e estão voltando-se em busca de novos modelos que atendam a essas necessidades. Dentro deste processo de busca de formas mais eficientes de liderar pessoas, o coaching tem se destacado como uma das mais completas soluções para o desenvolvimento da liderança - senão, a mais completa. As razões para isto são várias, e aqui gostaria de destacar algumas das principais.

1. O coaching como modelo de liderança diminui a pressão sobre os liderados:
O líder coach tem como ponto de partida o respeito incondicional pelo liderado enquanto ser humano. Isto é natural e imediatamente percebido pelo liderado - seja de uma forma consciente ou inconscientemente - o que diminui o antagonismo e as barreiras ao exercício da liderança por parte do líder coach, melhorando e solidificando, desta forma, a relação de liderança. Esta melhora na relação de liderança, por sua vez, se traduz por um melhor aproveitamento do potencial do liderado: é esta característica em especial que tem tornado o coaching o modelo de liderança mais adaptado aos tempos modernos. Em uma sociedade globalizada e interconectada, onde concorrência acirrada e a alta competitividade são as regras do jogo, a criatividade e o talento dos colaboradores tornam-se verdadeiramente os maiores ativos de qualquer organização - independentemente do porte, do setor ou do número de funcionários.
Você não consegue mobilizar talentos na base do chicote. Isto só é possível se houver de fato uma liderança capaz de despertar o potencial para o melhor nas pessoas - e o coaching atende perfeitamente a esta necessidade. Isto significa que aquele chefe autoritário e carrancudo que era um verdadeiro "feitor" de Pessoas - e não um gestor de pessoas, vejam bem - está, hoje mais que nunca, com os seus dias contados. Isto porquê este estilo de liderança simplesmente não funciona mais - se é que algum dia funcionou. As pessoas não mais suportam serem destratadas ou tratadas como peças de maquinário: elas querem e precisam ser tratadas como os seres humanos que são. Isto é fundamental se uma empresa quer atingir a excelência em atendimento ao cliente, se ela quer colocar novos produtos e serviços no mercado ou se ela quer se destacar perante a concorrência. Todos estes processos envolvem pessoas, e pessoas, para serem criativas e produtivas, devem estar verdadeiramente comprometidas com aquilo que fazem e isto tem que partir da liderança. Dentro deste ponto de vista, o coaching tem se mostrado como um dos modelos de liderança mais eficientes para garantir o comprometimento dos liderados.

2. O coaching como modelo de liderança diminui a pressão sobre o líder
Lembra daquele chefe autoritário e carrancudo de que falamos acima? Não seria surpresa para ninguém se um belo dia ele enfartasse, não é mesmo? Na verdade, o que cada vez mais se tem percebido é que o antigo modelo autocrático é tão ou mais prejudicial para o próprio chefe quanto o é para os liderados. Neste modelo, o chefe muitas vezes entendia que ele era o único que separava a organização dos demais profissionais e trabalhava no mais completo caos. Este tipo de pressão psicológica por vezes cobrava algum preço, seja emocional, ou mesmo em termos de saúde física. O modelo de liderança baseado no coaching, ao diminuir a pressão sobre o líder, não só contribui para o aumento de sua qualidade de vida, como também libera a atenção do líder para aquilo que realmente é da sua competência: o ganho imediato é uma liderança mais focada em resultados e na geração de valor para o negócio.

3. O coaching como modelo de liderança facilita a atuação do RH
Eu deverei abordar este tema em outra oportunidade com uma maior profundidade, mas, por ora, é importante aqui destacar que o RH é, de longe, um dos maiores beneficiados pela disseminação da cultura de coaching dentro da . Isto porque o coaching facilita, em muito, o trabalho do gestor de pessoas e é muito fácil entender o motivo. Se partirmos do pressuposto que, em toda empresa, em toda organização - qualquer que seja a natureza -, existe sempre um grau de tensão entre os componentes da organização, e que o coaching, como estilo de liderança, contribui para uma diminuição significativa desta tensão. Dessa forma, fica fácil de entender porque o trabalho do RH torna-se imensamente facilitado. Além disso, como já o disse em outra ocasião, o RH, dentro de uma empresa que tenha adotado uma cultura de coaching, assume de fato um papel privilegiado como coach dos coaches, o facilita enormemente o desempenho de sua função estratégica.
Por estas e por outras razões, o coaching tem se tornado cada vez mais o modelo de liderança que mais cresce no mundo. Hoje, mais que nunca, não basta ser líder: tem que ser coach!


SILVANA PARREIRA DE JESUS
CONSULTORA COACH

Nenhum comentário:

Postar um comentário