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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Alunos da região entraram na era digital - matéria do jornal Diário da Região - com a minha participação.



Alunos da região entraram na era digital (Eliene Berlato, Franklin Catan e Jonas Garcia - Especial para o Diário)

leia melhor: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Educacao/81811,,Alunos+da+regiao+entraram+na+era+digital+.aspx

Escolas da rede municipal de Onda Verde são pioneiras na inclusão digital e exemplo para os mais de 5 mil municípios do País. Nas três escolas da rede, cada aluno tem seu netbook: aprender com sons, animação e música virou a maior diversão
Oito municípios da região de Rio Preto injetaram R$ 2,3 milhões em programas de inclusão digital na rede municipal para melhorar a qualidade do ensino. Nos últimos dois anos, compraram computadores, lousas digitais, netbooks e notebooks conectados ao mundo virtual. Ou seja, uma série de equipamentos que amplificam o conhecimento além dos livros e cadernos. Chegamos à educação do futuro. Essa tecnologia colabora para a igualdade social, permitindo que alunos da periferia aprendam brincando ao navegar no mundo virtual, com profusão de cores, animação, sons, vídeos e interatividade.

“Devemos aproveitar todas as ferramentas. Os equipamentos têm tudo o que contribui para um melhor aprendizado. Os alunos prestam muita atenção nas imagens e cores. É impressionante como dão importância a essas aulas. É como se fosse mágica”, diz Sandra Mansueli, professora do 3º ano da escola municipal Jacira de Carvalho da Silva, de Jales. Questionados sobre a qualidade da aula, os alunos destacam a oportunidade de aprender por meio do estímulo dos sentidos. “Tudo é colorido e divertido. Vemos imagens, ouvimos sons e tocamos nas teclas. Aprender fica muito mais legal”, afirma Murilo Rocha, 8 anos, aluno de Sandra.

Onda Verde saiu na frente. Considerada a primeira cidade do País a implantar os projetos “Educação Tecnológica Integrada” e “Inclusão Digital”, a cidade foi a que mais investiu na região - cerca de R$ 1 milhão. É um exemplo de desenvolvimento tecnológico para os mais de 5 mil municípios brasileiros. As três escolas municipais de ensino infantil e fundamental oferecem lousas digitais em todas as salas de aula conectadas aos mais de 500 netbooks usados pelos alunos. É um computador para cada estudante.

Com média de 20 alunos por sala, os professores utilizam a tecnologia para ensinar o conteúdo das matérias, entre elas artes, com exibição das obras, vídeos e músicas. “Ficou mais fácil aprender. A gente vê vídeos, músicas e isso nos faz lembrar a matéria” diz Patrícia de Oliveira, 10 anos, do 4º ano. A diretora Fernanda Bocalon afirma que após a inclusão digital o número de faltas caiu consideravelmente. O interesse dos estudantes cresce a cada dia. “Eles não veem a hora de vir para a escola para usar os computadores.”

A reviravolta de Onda Verde ficou tão famosa na região e no País que tem atraído alunos de municípios vizinhos e da rede particular. “Temos vários alunos de cidades vizinhas que antes estudavam em escolas particulares, mas que agora com todo esse avanço vêm para cá, já que o ensino é gratuito e de qualidade”, afirma o coordenador geral de educação, Márcio Martins.

Rio Preto

Em 2010, foram instaladas lousas tecnológicas em 34 escolas municipais de Rio Preto, com investimento de R$ 767 mil. É o caso da escola professor Silvio de Melo, do bairro Eldorado, zona norte, com uma lousa instalada para os alunos navegarem no mundo do conhecimento digital. As aulas são contínuas e com revezamento das classes. “As aulas com lousa digital funcionam como rodízio. Os professores desenvolvem a parte teórica e depois usam a sala para completar a ideia, através de jogos, filmes ou portais especializados,” diz Daniela Velozo, 35, diretora da escola.

Para as crianças, tudo parece brincadeira, pois com o uso do equipamento elas desenham,escrevem e assistem às animações que completam o aprendizado. “Eles ficam encantados, parecem hipnotizados, quando na verdade aprendem sem perceber,” completa Daniela. Em setembro, a Prefeitura abriu processo de licitação para aquisição de mais cinco lousas digitais que serão instaladas na rede de ensino, com investimento de R$ 67 mil.

Lívia Monteiro e Maria Eduarda preferem os jogos educativos e pesquisa sobre animais
‘Adoro pesquisar sobre aracnídeos’

Apesar de oferecer salas de computação desde 1999, a Prefeitura de Bálsamo faz neste ano uma grande aposta na inclusão digital. Até o final de 2011, serão investidos na educação R$ 3,2 milhões, segundo o secretário Júlio Parra, 61. “Para 2012, o município já comprou lousas e 400 notebooks para os alunos,” afirma. A professora Angélica Batista, 21, diz que o investimento é fundamental, pois até crianças que têm dificuldades em ler e escrever aprenderam com facilidade. “Eles digitam textos, formulam frases e fazem jogos matemáticos que auxiliam no raciocínio,” diz a professora.

José Eduardo Bejarano, 9 anos, da 4ª série, não esconde a animação com as aulas. “Eu amo vir aqui na sala de computador. Já aprendi a mexer e pesquisar na internet. Também sei escrever e formatar textos, colocar cor e tamanho de letras”, diz. Em Jales, todo o quadro de professores da Secretaria de Educação passou por curso de capacitação para ministrar aulas nos laboratórios de informática. Segundo a diretora Mara Regina Abdalla, o retorno dos alunos e aprovação dos pais têm sido incalculáveis.

Durante as aulas, os alunos interagem com os colegas e a professora, participando e desenvolvendo atividades na lousa digital e no computador simultaneamente. “Aprendemos tabuada e escrevemos textos. Prefiro as aulas no laboratório, porque são mais divertidas e interessantes. Podemos fazer pesquisas e brincar com jogos educativos”, diz Maria Eduarda Baz, 9 anos, do 3º ano.

A aluna Lívia Monteiro, 9 anos, gosta mesmo é de usar o computador para pesquisas. “Adoro pesquisar sobre insetos e aracnídeos e brincar com jogos educativos.” O município de Jales investiu R$ 176 mil na inclusão digital. Todas as escolas da rede contam com lousa digital e laboratórios de informática ligados à internet.

Para João Victor, agora as aulas são mais interessantes Inclusão estimula a leitura

Para o aluno da rede municipal de ensino de Votuporanga, João Victor Rodrigues da Silva, 7 anos, as aulas “são muito mais legais” com o computador. Ele é aluno do Centro de Educação Municipal (CEM) Professora Neyde Tonani Marão, que trabalha com o projeto do governo federal ‘Um Computador por Aluno (UCA)’, que disponibiliza netbooks para todos os alunos. No total, a escola tem 436 netbooks. “Esse sistema estimula a leitura, a escrita e a competitividade. É importante que cada um tenha o seu computador, pois todos podem aprender igualmente. Nos dias de aula nos laboratórios, as crianças nem faltam. Elas adoram”, afirma a professora Crislaine Ribeiro, do 3º ano.

A aluna Sabrina Figueiredo, 8 anos, chega em casa e mostra para os pais tudo o que aprendeu nas aulas. “Adoro jogar e escrever textos. Quando estou em casa, ensino o que aprendi para a minha irmã.” Em 2012, a rede municipal de ensino de Votuporanga terá sete salas de recursos multifuncionais, com microcomputadores, scanner, impressora, teclado com colmeia, mouse com entrada para acionador, acionador de pressão, laptop, software para comunicação alternativa, material didático-pedagógico e recursos de acessibilidade.


Maria Eduarda (à dir.) e a colega Joice dos Santos: “é mais fácil aprender”
Aulas mais dinâmicas e modernas

A aluna do 4º ano Maria Eduarda de Souza, 10, da Escola Municipal José Gaspar Ruas, de Fernandópolis, é uma das beneficiadas com o investimento de R$ 200 mil feito pela Prefeitura. Com a verba, o município implantou 13 laboratórios de informáticas em todas as escolas do ensino fundamental.O que mais empolga Maria Eduarda são as pesquisas. “Gosto muito de estudar nos laboratórios de informática, é mais fácil aprender. Adoro fazer pesquisas sobre crianças e animais.”

Os laboratórios de informática reforçam o conteúdo ensinado em sala de aula de forma dinâmica e moderna, características que ajudam os alunos a aprender brincando, explica o assessor de informática Wagner de Moraes. “Os programas trazem informações, desenhos e animações para que o aluno domine, ao mesmo tempo, o conteúdo programático e conceitos de informática. Estamos caminhando para que toda rede de ensino alcance esse desenvolvimento”, diz Moraes.

Durante as aulas de informática desse semestre, os alunos do 4º ano desenvolveram um projeto multimídia: levantaram informações, anexaram vídeos, escreveram textos e criaram o projeto. Os melhores seriam selecionados em um concurso interno para posteriormente participar de uma competição nacional.

“Eles estão muito entusiasmados e querem aprender sempre mais. Toda a escola está motivada. Os pais aprovam a iniciativa e também se mostram interessados em participar”, afirma a diretora Ângela Ciccone. As salas são equipadas com computadores, lousas digitais de 78 polegadas e softwares com atividades pedagógicas. Além disso, são oferecidos cursos gratuitos de informática para a comunidade em todas as escolas. O aluno recebe certificado de conclusão de curso.

Professora Rosana Guerreiro leciona inglês em lousa digital para estudantes de Potirendaba
Três municípios estão fazendo bonito

Potirendaba, Sud Menucci e Ubarana também estão arrasando no ensino digital. E os alunos, cada vez mais empolgados. Com mais de R$ 110 mil investidos, Potirendaba acaba de incluir a rede pública na era digital. Lousas eletrônicas foram instaladas nas três escolas municipais de ensino fundamental, e os professores já percebem melhora significativa no desempenho dos pequenos.

“Como gostam de tecnologia, agora não sentem mais medo de errar e participam ativamente das aulas”, diz a professora de inglês Rosana Guerreiro. “Facilitou o ensino. Agora uso músicas e clipes para complementar o material da apostila”, completa. Além da apostila, os estudantes do projeto Educação de Jovens e Adultos (EJA) também utilizam a lousa digital. As crianças do ensino infantil também têm acesso a computadores com jogos didáticos que ensinam, além de divertir.

Para Letícia Herreira, 12 anos, da 6ª série, o investimento motivou os alunos. “Quando tinha a outra lousa com giz, a professora desenhava, escrevia e falava, mas era difícil de entender. Agora com a digital, temos imagens das coisas, conhecemos os países na aula de geografia, vemos as experiências de química, ajuda bastante”, diz animada. Em Sud Menucci, também foram instaladas lousas digitais com o investimento de R$ 44,8 mil, utilizados em projetos locais e em rede, cursos de graduação e pós-graduação a distância para professores e alunos do ensino infantil ao fundamental.

Em Ubarana, a rede de ensino tem lousa digital e sala de informática com acesso à internet em todas as escolas. O município também conta com software educacional do infantil até o ensino fundamental, implantado gradativamente. A medida envolveu investimento de R$ 100 mil. Os professores foram capacitados, e há dois profissionais especializados em informática, que, além das aulas, estão à disposição para fornecer suporte aos outros profissionais no uso dos aparelhos.

Os estagiários Franklin Catan, Eliene Berlato e Jonas Garcia: diversão era só na quadra de esportes
‘Somos do tempo do mimeógrafo’

Lousas digitais, computadores e internet há dez anos sequer habitavam nossos mais remotos sonhos. Assistir a filmes numa TV de 20 polegadas em VHS era o máximo da diversão dentro da escola. As aulas eram ministradas no velho e bom quadro negro, e o máximo de tecnologia disponível era o inesquecível mimeógrafo que soltava as folhas de atividades com cheiro de álcool. Sem as facilidades da era digital de hoje, tínhamos que usar a imaginação e literalmente correr atrás das informações que eram passadas pelas professoras, chamadas carinhosamente de ‘tias’.

“Na minha época, era o máximo assistir aos filmes na TV de 20 polegadas numa sala com mais de 30 alunos. A gente tinha que ficar mexendo a cabeça para poder ver. Era muito engraçado,” lembra Jonas Garcia, 23 anos. “Eu me lembro da correria e do sacrifício para fazer pesquisas e entregar trabalhos. Qualquer coisa era motivo de pesquisa, então tinha de ir para a biblioteca, consultar vários livros, enciclopédias e depois copiar tudo no caderno ou fazer um cartaz com cartolina. Hoje o Google facilitou tudo,” diz Franklin Catan, 24 anos.

“Há dez anos, a diversão só acontecia fora da sala de aula. Brincadeiras e descontração faziam parte apenas das aulas de educação física, dentro das quadras, praticando esportes. Era impossível imaginar que estudar fosse tão divertido quanto é hoje,” afirma Eliene Berlato, 21 anos. Enquanto escolas da rede pública de ensino infantil buscam a tecnologia para o ensino, várias escolas e universidades particulares ainda ignoram a inclusão digital. “Nós, estudantes de nível superior, próximos do fim do curso de jornalismo, assistimos às aulas, no máximo, com o apoio de projetores, quando disponíveis,” afirmam os três.

Crianças nascem apertando botões

Para a psicopedagoga Silvana Parreira de Jesus, 31, é interessante a absorção desses novos meios de ensinar. “As crianças nascem com a tecnologia, ela está em tudo. Então, é importante que as escolas tenham esses aparelhos, mas é preciso uma adaptação na didática de ensino, pois nem sempre os professores estão capacitados.” Os alunos têm de ser motivados a aprender culturas diferentes, buscar conhecimento e pesquisar no computador, e não somente jogar ou passar tempo.

“É necessário ter uma dosagem imposta pelos professores, inclusive pelos pais. Explicar para os alunos que eles precisam fazer as tarefas, dando limites para tudo.” Apesar de a lousa digital representar uma nova forma de ensinar, é importante manter também os estilos convencionais. “As crianças também têm de ser estimuladas a ler e a escrever como antigamente. E os professores devem se atualizar e aprimorar a didática, pois a tecnologia só vai aumentar nas escolas”, explica.

Para ela, as crianças também precisam exercer a memória, atenção, coordenação motora, raciocínio e habilidade. Além disso, a utilização de jogos de português, como Soletrando, estimulará o aluno a aprender.

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